Depois de cobrança da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do
Itaú, a direção do banco fez uma nova apresentação das propostas para
um acordo sobre teletrabalho, ponto eletrônico e acordo de quitação do
espelho do ponto. O acordo deve regular o teletrabalho para entorno de
35 mil a 38 mil funcionários. Porém, ainda não foi apreciado por todos
os trabalhadores, devido a dúvidas geradas na apresentação realizada em 28 de outubro para a COE. Além dos membros da COE, participaram do encontro os presidentes dos sindicatos e das federações de todo o Brasil.
A
reunião começou com o tema que tem gerado mais dúvidas: o controle da
jornada de trabalho com ponto eletrônico. O Itaú explicou como será
feito todo o processo, que deve abranger cerca de 57 mil funcionários. O
projeto piloto está sendo testado desde 2019, com mil bancários,
inicialmente da aérea de tecnologia e algumas agências de São Paulo, e
se expandiu para outras áreas.
Além do controle mensal do
registro de ponto diário, os funcionários poderão acessar um termo de
quitação de suas horas semestralmente e terão a possibilidade de
concordarem ou não. Caso não haja concordância o funcionário deve
procurar os sindicatos e abrir um chamado na Central de Pessoas. Os
sindicatos acompanharão todo o processo para garantir que não haja
irregularidades. Importante ressaltar que a quitação é opcional e se
refere somente à jornada trabalhada, não impedindo nenhuma outra
reclamação trabalhista. O banco também informou que as entidades se
comunicarão com os funcionários através do e-mail corporativo da
empresa.
Home Office
O banco reafirmou também que irá pagar uma ajuda de custo de R$ 80,00 por mês. O pagamento será feito em duas parcelas semestrais de R$ 480,00 cada. O Itaú garantiu ainda que irá respeitar os intervalos para refeição e os períodos de descanso. Serão mantidos, integralmente, os vales refeição e alimentação. O vale transporte vai ser pago proporcionalmente, para os dias em que o funcionário fizer o trabalho presencial, no local de trabalho. O banco vai fornecer o computador para o trabalhado em home office, além do que batizou de Kit conforto, que compõe teclado, mouse e cadeira ergométrica.
“A reunião foi muito boa para esclarecer as dúvidas que os dirigentes sindicais colheram na base. Agora, cada entidade voltará à sua base para fazer o debate no âmbito da sua diretoria e se posicionar quanto ao acordo”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE do Itaú.
Fonte: Contraf-CUT