19.12.13 – Os bancários realizam nesta quinta-feira (19) um Dia Nacional de Luta no Santander. Segundo pesquisa do Dieese, nos primeiros nove meses do ano, o banco fechou 3.414 postos de trabalho, na contramão da economia brasileira, que gerou 1,3 milhão de vagas no período.
Os bancários realizam nesta quinta-feira (19) um Dia Nacional de Luta no Santander, fazendo paralisações de agências em diversas cidades de todo o país. Segundo a Confederação Nacional de Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), trata-se de protestos contra as demissões de funcionários que não param nem mesmo às vésperas do Natal.
Segundo pesquisa do Dieese, nos primeiros nove meses do ano, o banco fechou 3.414 postos de trabalho, na contramão da economia brasileira, que gerou 1,3 milhão de vagas no período. Entre setembro de 2012 e 2013, a redução foi de 4.542 empregos, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários.
Uma carta aberta está distribuída pelos sindicatos aos clientes e usuários, onde aparece, num lado, a imagem de um menino com a frase “Santander, não demita meu pai” segurando um cartaz dizendo “Respeite o Brasil e os Brasileiros”, e, no outro lado, um texto com o título de “Queremos Natal e Ano Novo sem demissões”. Há também uma versão com a frase “Santander, não demita minha mãe”.
Enquanto demite, o Santander engorda a remuneração dos altos executivos. Segundo estudo do Dieese, entre 2010 e 2013, o ganho médio anual de um diretor do banco aumentou 67% no Brasil, chegando a R$ 7,915 milhões, o que é um absurdo. Também subiu anualmente entre 2003 e 2013 o retorno total do acionista do banco em todo o mundo.
Em Florianópolis houveram protestos em quase todas as agência do banco espanhol. Além de denunciar as demissões que ocorrem em todo o país, o Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região alerta também para a má prestação de serviços aos clientes, que encontram em algumas agências dificuldades com funcionamento dos autoatendimentos e filas.
Fonte: Contraf com informações do SEEB Floripa