Caso de Covid expõe fragilidade dos protocolos no Banco do Brasil

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Mais um “pedido de socorro” dos bancários atendido pelo Sindicato comprova que o não cumprimento dos protocolos de proteção contra a pandemia da Covid-19 expõe a saúde dos funcionários e clientes do Banco do Brasil.

O caso ocorreu na agência do BB Estilo Osmar Cunha, localizada no centro de Florianópolis, nesta sexta-feira, 06 de novembro. Funcionários denunciaram que em função da testagem positiva de uma trabalhadora terceirizada para o Covid-19, a agência estava passando por processo de sanitização com os funcionários dentro da agência, recebendo todos os efeitos dos produtos utilizados no procedimento. Em comunicado afixado na porta da referida agência informava que a unidade estava fechada para sanitização e com previsão de abertura para as 13:00 horas, caso o procedimento fosse efetuado com sucesso (vide foto tirada pelos dirigentes que lá compareceram). Este comunicado comprova a quebra do protocolo, também em relação ao período de resguardo para reinício das atividades.

O protocolo adotado pelo BB que foi negociado entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, no início da pandemia, prevê nestes casos o afastamento imediato do infectado e dos contatantes. A agência deve ser fechada e passar por um processo de sanitização. Após a conclusão do serviço, deve haver um período de 4 horas para que o produto utilizado possa agir, antes do retorno dos funcionários e do atendimento aos clientes. Segundo a empresa que realizou o serviço, o produto utilizado chama-se Quaternário de Amônio e deve ser aplicado com o local sem presença de pessoas.

Após pressão por parte do Sindicato, a agência foi definitivamente fechada e os funcionários  dispensados, sendo que as horas faltantes da jornada devem ser abonadas pelos gestores. O comunicado aos clientes foi aterado, faltando somente um pedido de desculpas aos funcionários que estavam presentes até aquele momento.

Para Luiz Toniolo, representante da Fetrafi SC (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) na CEBB (Comissão de Empresa do BB), “o cumprimento imediato dos protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde e sanitárias é uma obrigação dos representantes (gestores) do BB, a fim de garantir maior segurança aos funcionários e clientes durante a pandemia. Principalmente no momento que a região metropolitana da grande Florianópolis está passando por um período de aumento de casos de infecção pelo Covid-19, tendo registrado somente no dia de ontem, 500 novos casos”, concluiu o dirigente.

A Direção do Sintrafi Floripa  reafirma seu compromisso de lutar pela saúde e segurança dos bancários que estão na linha de frente e adotará todas as medidas necessárias para que os gestores cumpram com suas obrigações, sob pena de responsabilização civil e criminal diante desta grave crise pandêmica que o país está vivendo. E espera que os bancários denunciem as situações irregulares para que sejam tomadas as devidas providências.

Sintrafi Floripa

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