BB: flexibilização da prevenção do grupo de risco preocupa funcionários

[list-tag]

Mais uma “barbeiragem” da Gestão de Pessoas do BB, causa polêmica, dúvidas entre os funcionários e sugere o descumprimento do Acordo Coletivo Emergencial do Covid 19, assinado com o movimento sindical em junho deste ano.

O banco lançou na segunda-feira, 19 de outubro, o “Informe Coronavírus” em que chama “voluntários” autodeclarados do grupo de risco para voltarem às atividades presenciais. Os motivos desta flexibilização vão desde os pedidos de funcionários para retorno ao trabalho presencial e o atual cenário de queda do número de casos e de mortes no pais. Atualmente, o BB tem cerca de 15.000 funcionários pertencentes ao grupo de risco que estão em isolamento social.

O informe cita as condições para o retorno como definidas pela Portaria Conjunta nº 20, de 18/06/2020, do Ministério da Economia e Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e Ministério da Saúde. O banco esclarece que o funcionário poderá solicitar uma avaliação da equipe de saúde da Gepes/Sesmt e elenca quais os perfis dos funcionários que não poderão retornar: quem tem mais que 60 anos, portadores de diabetes de qualquer tipo, com obesidade grau 3 (IMC maior ou igual a 40), portadores de doenças crônicas graves e as gestantes.

Para o Dirigente do Sintrafi e representante da federação na CEBB, Luiz Toniolo, “qualquer flexibilização da proteção da saúde dos bancários é preocupante. O retorno é voluntário. Esperamos que os bancários denunciem ao Sindicato qualquer situação de abuso dos gestores quanto à exigência de retorno ao trabalho presencial do grupo de risco”. “O clima nos locais de trabalho não é bom, cobrança desmedida de metas, exigências de realização de cursos, colegas com esgotamento físico e psicológico, além do risco de contágio iminente são situações que estão sobrecarregando a todos e estas medidas somente pioram a situação”, concluiu o dirigente.

A Direção do Sintrafi Florianópolis e Região destaca que a pandemia ainda não terminou, não existe vacina para a imunização da população e o risco de uma segunda onda de contágio, como tem ocorrido em outras regiões como na Europa, é iminente. Desde o início das negociações as entidades de representação dos trabalhadores conseguiram garantir a adoção de protocolos necessárias para a saúde e segurança dos bancários, sejam pelas medidas de proteção para quem estava na linha de frente, como para aqueles que necessitavam de isolamento social, conforme definido pelas autoridades de saúde e sanitárias.

A Direção do sindicato refirma o propósito em defesa dos direitos, da saúde e da segurança dos bancários, seus familiares e da sociedade em geral. Além disto, segue na resistência dos retrocessos impostos pela política do Governo Bolsonaro de minimizar as consequências da pandemia e sua total incapacidade de tomar medidas capazes de enfrentar a crise sanitária atual.

Sintrafi Florianópolis e Região

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.