O estado de calamidade teve início com a posse de Bolsonaro

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De tempos em tempos, as sociedades decidem dar passos para trás, contrariando a lógica que determina o avanço dos processos civilizacionais.
De tragédia em tragédia, e as grandes e pequenas guerras são os mais graves exemplos de como podemos regredir, aos poucos evoluímos, desde a construção dos mecanismos de proteção aos direitos humanos ao reconhecimento da enorme diversidade que nos caracteriza.
Esses momentos de regressão, em geral se dão em momentos de frustração, quando as expectativas de alguns grupos se chocam com os movimentos de inclusão e democratização.
No atual momento, cada vez fica mais evidenciado esse confronto entre o interesse das elites financeiras e a necessidade de enfrentamento coletivo à pandemia.
Porém, entre as estratégias de imposição dos seus interesses, as elites constroem narrativas que buscam ampliar a sua hegemonia, atraindo setores da sociedade que, se melhor esclarecidos, jamais “comungariam” das suas ideias.
Nesse sentido, não é surpresa Bolsonaro, por Decreto, autorizar a realização de cultos públicos, enquanto as autoridades de saúde orientam o isolamento como única alternativa para evitarmos a contaminação em massa e a perda de vidas.
O comportamento de Bolsonaro tem a mesma lógica já vista em outros tempos, quando em nome das famílias e do direito às propriedades, as liberdades foram suprimidas e se ampliou a desigualdade no país.
Desde o início do seu desgoverno, Bolsonaro retira direitos, sejam trabalhistas ou previdenciários, destrói mecanismos de participação popular e combate políticas de inclusão e distribuição de renda.

Resumindo, ao final desta crise, saberemos de que lado a maioria da sociedade decidiu se engajar.

Se em solidariedade e em defesa da vida, ao lado dos grupos de risco.

Se na insana defesa do capital, alinhada ao grupo dos ricos.

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