O que é maior: O lucro ou a irresponsabilidade?

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Quando ligamos a TV e assistimos anúncios e propagandas, vez ou outra nos deparamos com campanhas publicitárias de grandes bancos que atuam no Brasil. Além da exaustiva oferta de produtos e soluções financeiras, é comum divulgarem a preocupação do sistema financeiro em “contribuir” para o bem estar social no país. No entanto, a realidade tem demonstrado o total desrespeito dos bancos para com os seus funcionários e clientes. Em razão da crise sanitária causada pela covid 19, muitos analistas tem se dedicado a avaliar os impactos provocados pela pandemia no atual sistema de produção e as possíveis transformações econômicas e sociais que resultarão desse processo. No momento em que o endividamento das famílias cresce assustadoramente e centenas de milhares de pais e mães de família perdem seus empregos, deveríamos supor que a estrutura con-solidada dos bancos, protegida da crise pelo BC e pelo governo, estaria a serviço de uma retomada gradual da economia. Porém, o que temos são os grandes bancos demitindo trabalhadores e fechando agências, reduzindo ainda mais a capacidade de melhor atender clientes e usuários, revelando sem máscaras a verdadeira face do capital. Esperar que aqueles que administram o capital sejam benevolentes diante das crises é entender mal a natureza do capitalismo e desconhecer a história da concentração da riqueza. Enquanto não alterarmos a correlação de forças e fazermos prevalecer os interesses da população, seguiremos assistindo a prevalência das velhas políticas de preservação dos privilégios. O único caminho segue sendo o fortalecimento das entidades que representam os interesses dos trabalhadores, ampliando a sindicalização e o diálogo com os demais setores da sociedade.

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