As principais reivindicações pediam reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço. As sucessivas tentativas de negociação fracassaram. Os bancários recusaram o dissídio coletivo e, em São Paulo, realizaram paralisações simbólicas, dos dias 12 de julho a 2 de agosto. Os banqueiros acenaram com um reajuste em torno de 20%, mas os bancários de São Paulo mantiveram sua reivindicação.
Somente após 69 dias de paralisação, a categoria arrancou 31% de reajuste. Após o término da paralisação a repressão foi ainda mais acentuada. Centenas de bancários foram demitidos e as comissões por bancos foram desmanteladas pelos banqueiros. Mas, como resultado mais positivo, a greve de 1951 colocou em xeque a lei de greve do governo Dutra. A decisão por greve deflagrada em 28 de agosto de 1951, acabou por eternizar a data em comemoração nacional da categoria bancária.
Não é só pela história da data que o bancário deve comemorar seu dia. Ao longo desses quase 70 anos após a greve de 51, a categoria bancária unificou e organizou sua militância, fortalecendo a luta dos trabalhadores do sistema financeiro pela manutenção e ampliação de direitos. O Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região relembra o fato para reforçar a luta da categoria, que muito ainda tem para avançar.
“É importante resgatar essa história para nos lembrarmos que não existem conquistas sem luta. Nenhum dos nossos direitos, como a Convenção Coletiva Nacional, jornada de seis horas, piso salarial unificado, PLR e outros, foi concedido pela generosidade dos bancos. Todos eles foram frutos de batalhas da categoria e é para isso que devemos estar sempre preparados para defender e ampliar nossos direitos”, diz Marco Silvano, presidente do SEEB Floripa
Parabéns bancários e bancárias, nossa história se fez e se faz com união, organização e luta.
Participe do Arraiá dos Bancários neste sábado, Venha comemorar seu dia conosco!!!
SEEB Floripa
