Bancári@s rejeitam nova retirada de direitos apresentada pela Fenaban

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  • Fenaban quer reduzir de 55% para 50% a gratificação de função
  • Fim da 13ª cesta é inspirado no governo Bolsonaro
  • Comando não descarta preparação da greve caso os bancos insistam na retirada de direitos
  • Até agora, perdas propostas pela Fenaban superam os R$ 13 mil

A Fenaban voltou a apresentar propostas que retiram direitos da categoria bancária na negociação desta quinta-feira (20) com o Comando Nacional d@s Bancári@s. Os representantes dos bancos defenderam desta vez o fim da 13ª cesta alimentação e a redução da gratificação de função. O Comando rejeitou as propostas. Mais uma vez, os bancos não apresentaram nenhuma resposta sobre aumento real ou outras reivindicações.

Na terça-feira, os representantes da Fenaban apresentaram uma proposta de reduzir em até 48% a PLR. Agora, no encontro realizado nesta quinta-feira, o cenário piorou. Os bancos propuseram a retirada de um direito da categoria já conquistado: a 13ª cesta de alimentação. Também querem reduzir de 55% para 50% o valor da gratificação por função, direito estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Marco Silvano presidente do Sintrafi destaca “Temos certeza que a retirada de direitos apresentada pelos bancos aumenta ainda mais a indignação da categoria. Além de não valorizarem o trabalho dos bancários, que garantem os seus lucros mesmo durante a pandemia, os banqueiros tratam seus empregados com um desrespeito inadmissível, enquanto exigem o cumprimento de metas absurdas.”

“Foi mais uma negociação que os bancos propõem retirada de direitos, rejeitada novamente pelo Comando. Avisamos que não vamos aceitar fechar a campanha com prejuízo pros bancários. Temos assembleia marcada para terça-feira, dia 25, às 19h. Se insistirem em retirar direitos vão jogar a categoria para greve”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional d@s Bancários.

Perdas

De acordo com cálculos do Dieese, com as propostas apresentadas pela Fenaban na terça-feira (18) e nesta sexta-feira (20), o salário médio d@ bancári@ teria uma perda anual de R$ 13.282,57, levando-se em conta as reduções da gratificação por função, a 13ª cesta e a PLR. A expectativa para a reunião desta quinta era de que a Fenaban apresentasse sua proposta econômica, sobre a reivindicação de aumento real de salário da categoria.

“Cobramos uma proposta global, com reajuste, PLR, Vales, Saúde e Condições de trabalho, emprego”, disse Juvandia. O Comando Nacional da categoria espera que nesta sexta-feira (21), na nova rodada de negociação, a Fenaban finalmente apresente suas propostas para a pauta econômica d@s bancários, definida em uma minuta aprovada em Conferência Nacional, no final do mês passado.

Para a presidenta da Contraf-CUT, a Fenaban se alinha com o governo Bolsonaro na retirada de direitos dos trabalhadores. “Sabemos que a pauta de retirar a 13ª cesta vem do governo Bolsonaro, vimos isso nos Correios. Eles jogaram os trabalhadores dos correios para greve. Querem o mesmo dos bancários?”, questionou Juvandia.

Assembleias

O Comando Nacional da categoria se reuniu após a negociação desta sexta-feira e, além de rejeitar as propostas dos bancos, vai preparar um calendário de mobilização dos bancários em todo o país, a começar pela preparação de assembleias nas bases, marcadas para terça-feira (25).

Próximas rodadas de negociação:

• Dia 21/08 – 11h

• Dia 25/08 – 14h

• Dia 26/08 – 14h

• Dia 27/08 – 14h

• Dia 28/08 – 11h

Fonte: Contraf CUT

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