Dia 30: Por que aderir à Greve Geral

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As recentes pesquisas de opinião, evidenciando a impopularidade recorde do Governo Temer, demonstram o que a maioria dos brasileiros pensa a respeito do atual presidente e das medidas adotadas por sua equipe econômica: o que pretendem, Temer e seus aliados, é promover o maior ataque já visto aos direitos trabalhistas e previdenciários duramente conquistados pelos trabalhadores brasileiros.

Nossa categoria, ao longo do tempo, aprendeu que somente através da nossa organização e mobilização somos capazes de superar a intransigência dos banqueiros. Foi assim que construímos nossa Convenção Coletiva e que avançamos continuamente em nossos acordos específicos, mesmo em tempos de dura correlação de forças.

Fazer a greve, para bancários e bancárias, não é nenhuma novidade.

Enquanto o governo busca o apoio dos banqueiros e dos empresários na tentativa de sobreviver politicamente à corrente de denúncias sobre o caráter corrupto de seus componentes, setores da grande mídia esmeram-se na velha prática da dissimulação e da distorção da realidade, construindo o falso entendimento de que as saídas para a crise passam pelas reformas propostas.

É preciso reagir! O país precisa retomar sim, o crescimento econômico e a geração de empregos. Mas como a maioria já percebe, não será através dessa agenda de retrocessos que iremos superar a crise, cujo caráter político se sobrepõe às reais dimensões da crise econômica.

Em assembleia, realizadas nos dias 22 e 28 de junho, no SEEB, os bancários presentes decidiram pela participação da categoria nos atos e mobilizações programados pelas Centrais Sindicais nesta sexta-feira, dia 30 – mesmo com todas as ameaças e a pressão dos bancos, na tentativa de desmobilizar os trabalhadores e trabalhadoras.

Que os banqueiros estão interessados, e patrocinam as tais reformas, isso já sabemos! Que o projeto da terceirização aprovado recentemente tem as digitais da FENABAN, não nos surpreende.

Nosso papel é enfrentarmos nas ruas estes que pretendem sobrepor seus interesses em detrimento dos direitos da população do país.

Porém, diferentemente das greves que promovemos nas nossas campanhas salariais, a paralisação das atividades nesta sexta exige de cada um a consciência de que este não é um movimento de uma categoria, mas a necessária demonstração da contrariedade do povo brasileiro aos ataques que vem sofrendo, mesmo tendo que enfrentar os mecanismos de coação e intimidação utilizados pelos patrões.

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